domingo, 6 de março de 2016

Presença de escritores nas escolas


        Tropecei, por acaso, neste texto que abaixo transcrevo quando remexia o baú dos recortes que vou fazendo da Internet (ou seja, numa pasta que tem o título de "coisas de interesse"), recortes esses que acabam por ficar esquecidos até que, por algum motivo ( normalmente porque não consigo encontrar algo que me está a fazer muita falta!!), sou obrigada a vasculhar os documentos de uma ponta à outra, acabando sempre por encontrar "coisas" que são intemporais e vêm mesmo a propósito... (de referir que nunca encontro o tal documento que está mesmo a fazer-me falta, mas tropeço em muitas outras "coisas" interessantes, já cheias de pó, mas que, se foram parar àquele baú, é porque sabia que, um dia,  ainda iriam dar jeito...).


Nas últimas décadas as visitas de escritores entraram na rotina de muitas escolas. Quase não há reunião de grupo disciplinar de português em que, no início do ano lectivo, não surja a proposta do convite a um escritor. Compreende-se o atractivo da proposta: um escritor é um criador que, navegando no reino da invenção, desafia as leis da gravidade e os professores estão sempre à procura do melhor para os seus alunos. Um artista na sala de aula fala da invenção e dos mistérios da criação, fala da sua vida e ao fazê-lo pode suscitar nos alunos a admiração ou o desejo de imitação. E fala também de aspectos muito práticos como da necessidade do uso do dicionário, da necessidade de hábitos regulares de trabalho, do respeito pelas regras de comunicação escrita. Como diria Edison, fala da inspiração e da transpiração. Na verdade, não faz nada que um professor não possa fazer, mas fá-lo com a autoridade de alguém que pode prestar um testemunho vivido.Os mais velhos de entre nós recordam-se bem de uma época em que os métodos livrescos e a falta de abertura das escolas tornavam impensáveis as visitas de escritores ou de qualquer outra pessoa do exterior. Porém, como os benefícios desta prática se tornaram evidentes para todos, entraram nos costumes dos estabelecimentos de ensino. (texto publicado em 2002, não seguindo, portanto, o Acordo Ortográfico)

Manuel Campos Pinto e Olga Ferreira ( Projecto #na_tua_escola,  APP)


      Este artigo era sobre um projeto da Associação de Professores de Português que  promovia o contacto entre os alunos e os escritores através do velhinho IRC. É inquestionável a importância deste contacto, como nós bem pudemos comprovar, este ano, na nossa escola, com a vinda dos escritores João Pedro Mésseder e  José Fanha. E como não há duas sem três, tenho a dizer-vos que contamos com o mesmo entusiasmo e o mesmo resultado na receção ao autor da coleção de livros "Duarte e Marta", Joaquim Vieira. Espreitem já a página do Facebook , https://www.facebook.com/duarteemarta/  e comecem a preparar-se para o receber...




1 comentário:

  1. Muitos dos alunos do 4ºF já andam a "devorar" os livros da coleção "Duarte e Marta". Já ppesquisaram na internet, visualizaram alguns vídeos, ouviram uma entrevista com os autores e conheceram o retrato físico e psicológico das duas personagens.
    É sempre com muita expectativa que esperamos conhecer um escritor, ouvir o que ele tem para nos dizer e como o diz... As palavras são sempre as mesmas, mas a intenção com que as utilizamos difere, assim como difere o suspense e o mistério que com elas se constroi um livro de aventuras para um público tão exigente e tão crítico!

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